Quinta-feira, 11 de Junho de 2009

Águas Frias - Temos Poeta!

 

 

Já é vulgar ouvirem-me dizer que pouco ou nada me surpreende. Se todos os dias vão acontecendo as coisas mais inverosímeis por que razão havemos de nos sentir surpreendidos quando ficamos perante uma qualquer ocorrência, por mais insólita ou mesmo extravagante que seja ou nos pareça? E se navegarmos habitualmente pelo espaço virtual que a internet nos proporciona, parece-me que ficamos ainda com menos probabilidade de nos sentirmos surpreendidos.

 

Todavia, como não há regra sem excepção, e ainda bem, devo adiantar que sempre me dá algum gozo que, circunstancialmente, me aconteça ficar feliz com alguma surpresa. E se ela vem da nossa terra, como isso me pode tocar muito fundo, creiam que o meu contentamento será muito maior.

 

Pois bem, ontem mesmo, em casa dos meus progenitores, tive a felicidade de aceder a um pequeno caderno de quinze páginas onde o Feliz, esse mesmo que o Ti Virgílio e a Tia Cármen criaram, conjuntamente com a Cilinha, o Tavinho e o Toninho, discorre, em poesia, sobre as suas memórias.

 

E eu não podia deixar de, por um lado, fazer aqui uma  homenagem ao Feliz, o poeta de Águas Frias que desconhecíamos, e, por outro, dar a conhecer algumas das quadras com que, de forma sublime, brinda a terra que o viu nascer.

 

 

 

Capa do opúsculo

 

 

Respigo agora algumas das quadras que o Feliz dedica à sua/nossa terra:

 

Eu nasci em Trás-os Montes                                            

Nisso tenho satisfação

Escolhi novos horizontes

E fui para outra Nação.

 

Cá de longe te recordo

E de ti tenho Saudade

Ao lembrar-me de ti choro

Podes crê-lo com verdade.

 

Não consigo esquecer

Aquele povo serrano

Orgulho tenho em dizer

De que sou um transmontano.

 

Quem esta terra visitar

Jamais a poderá esquecer

E sem de novo lá voltar

Em paz não pode morrer.

 

Foi nesta risonha aldeia

Que a este mundo cheguei

tu nunca me sais da ideia

E um dia a ti voltarei.

 

Águas Frias és um amor

E muito amor tens para dar

Ao te deixar senti dor

E peço a Deus por favor

Que me faça a ti voltar.

 

O teu famoso castelo

Te guarda ao cimo do monte

Ele é tão lindo e tão belo

Quando a gente se põe a vê-lo

Quer de perto quer de longe.

 

Por todos és conhecido

como Castelo de Monforte

Águas Frias Tem-te por abrigo

Desde sempre até à morte.

 

Dizem que pertencias

À Vila de Rio Livre

Mas agora és de Águas Frias

Pois disso ninguém duvide.

 

Quem ao teu cimo subir

Jamais te poderá esquecer

Ao descer vem a sorrir

De tanta beleza ver.

 

 

 

sinto-me: Feliz
publicado por riolivre às 23:27
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