Quinta-feira, 31 de Dezembro de 2009

BOM 2010

 

Quando o relógio atingir a meia noite e obrigar o sino a bater as doze badaladas, deixamos para trás um ano que, para a grande maioria foi muito mau, e damos o primeiro passo no também primeiro dia da´ainda primeira década do século XXI.

 

Para além de desejar que nada do que de pior aconteceu neste ano que ora se acaba, o meu pensamento vai, sobretudo, para a necessidade de, perante a vida, termos uma atitude deveras positiva, que permita superar todos os constrangimentos que eventualmente vão surgindo.

 

Deixo aqui os votos de um ano que dê a todos os meus conterrâneos a oportunidade de verem satisfeitos todos os seus anseios e que possam consolidar tudo o que de melhor já realizaram nas suas vidas. 

 

Estes votos são extensíveis, obviamente, a todos os que, não sendo de Águas Frias, se dão ao trabalho de perderem uma parte, mesmo que muito pequena, do seu tempo, a passar por aqui.

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publicado por riolivre às 15:27
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Quarta-feira, 16 de Dezembro de 2009

Águas Frias - A neve voltou

Para uns é uma grande chatice. Para outros, uma forma de distracção. Finalmente, para outros ainda, é algo que o inverno nem sempre traz mas que sempre se aprecia.

 

De facto, a neve que nalguns invernos (antigamente era em todos!) vai caindo e pintando de branco as nossas terras, não é bem vinda para aqueles que, tendo que se deslocar par ao trabalho, ficam impedidos de o fazer, é algo por que esperam aqueles que nunca a viram ou que se aprestam para fazer dela ou com ela um divertimento e, é ainda como que um maná para a nossa agricultura e, por via disso, sempre bem recebida por quem trata da terra, que o mesmo é dizer, neste caso, os nossos conterrâneos que ainda vão resistindo por cá à espera que essa terra lhes dê o sustento.

 

De todo em todo, é sempre espectacular a transformação que o acumular de "farrapos" que vão caindo do céu traz à paisagem da nossa aldeia e do seu termo. E eu já me habituei a esperar que, nestas alturas, o meu amigo Humberto, que não sendo da aldeia gosta mujito dela (e nós ficamos muito contentes por isso) passe por aí, tire uns retratos e faça o favor de mos disponibilizar. E não foi preciso esperar assim tanto. Foi, talvez, o tempo necessário para lhes dar um pequeno tratamento e, como que por magia, já estavam na minha posse.

 

Então aqui vos deixo, sobretudo para os que estão mais longe do nosso torrão natal, os momentos e os locais que o Humberto conseguiu captar com a sua câmara.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A finalizar, não podendo mostrar o autor, fica o acompanhante de sempre nestas andanças, o seu e nosso amigo Luís Vaz.

 

 

 

publicado por riolivre às 23:09
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Domingo, 13 de Dezembro de 2009

Águas Frias - Talhinhas

Devo confessar que me dá um prazer muito especial poder calcorrear os caminhos que, desde a aldeia, nos conduzem por esse imenso termo que os nossos antepassados, uns mais próximos que outros, trabalharam a pulso, e que hoje se vai encontrando cada vez mais abandonado. Os braços vão escasseando ou, pior que isso, vão-se cingindo aos velhos resistentes que ainda permanecem na terra e, obviamente, a natureza toma, definitivamente, conta daquilo que outrora havia sido humanizado. Mas, começava por dizer que gosto de andar a pé por aí fora para justificar que, desta feita, tive a especialíssima companhia do meu pai que, com os seus quase noventa anos, já não se atreve a passeios muito grandes e, por isso mesmo, exige transporte adequado.

 

A ideia era ir até à Mornegra para, depois de mais de trinta anos, voltar a subir ao morro das Talhinhas. Chegados ao ribeiro, que esperava pelo inverno para voltar a sentir o aconchego da água que o enche, tive a primeira surpresa: aquele que tinha sido o lameiro da minha avó não passava agora e um espaço densamente povoado por amieiros, carvalhos, giestas e, sobretudo, silvas que, como se sabe, gostam muito dos sítios que o homem vai deixando ao abandono.

 

Entrámos pela rodeira, também ela cada vez menos transitável e, logo ali uma clareira que o Moisés criou ao proceder ao cortre de giestas que, certamente, vieram a servir para o aquecimento e, por que não, para acender o forno onde se coze o excelente pão e os não menos excelentes folares mas, também, onde se assam carnes para granes pitéus. Só a partir daí se começou a avistar o morro que estava nas nossas cogitações, as talhinhas, estavam, enfim, à nossa frente, imponentes, lá no alto.

 

 

A partir daqui era cada vez mais difícil avançar monte acima. Aqui e ali surgia um carreirão de caçador ou de algum bicho maior que rapidamente se perdia na vegetação cada vez mais densa de carvalhos e, sobretudo de urzes que era necessário ir pisando para avançar mais alguns metros. E como ia rememorando esses tempos da minha meninice e as vezes que por aqui andei quando, com o Manuel do tio Antero, guardávamos os bois no lameiro. A custo, a aproximação ao objectivo ia-se fazendo. O prazer superava qualquer tipo de cansaço. Estava já muito perto e, nalguns períodos do percurso, só por entre essas grandes urzes de mais de dois metros de altura conseguia visar a fraga.

 

 

Um pouco mais e aí está, imponente, o morro das Talhinhas.

 

 

Finalmente, a conquista do objectivo. Cá em cima, para além das recordações de tantas brincadeiras, a possibilidade de rever aquilo que dá o nome ao local, isto é, a talha que este enorme fragão mantém no seu ventre. Só que aqui chegado, o "guerrreiro" já não se sentiu capaz de, sozinho, fazer a descida ao local. É que ainda não esqueci essa vez em que o Manuel deceu e, para sair, foi uma grande chatice. Mas esta frustração há ser certamente superada numa outra oportunidade. Fica um aspecto dos efeitos que a erosão de milhões de anos tem provocado na parte superior deste enorme afloramento granítico que se pode avistar de qualquer lugar da nossa aldeia.

 

 

E este, de um ângulo que nos permite ver, lá ao fundo, o marco geodésico dos Estalinhos, já no termo dos nossos vizinhos de Paradela.

 

 

publicado por riolivre às 18:39
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