Se alguém se pode considerar um sortudo nestas andanças virtuais eu serei um deles. Com efeito, numa situação em que gostaria de estar na aldeia para guardar para a posteridade mais um nevão que a cobriu dessa alvura que turva a vista, mais uma vez, um amigo da terra (o Humberto, de novo), quis brindar-me com os retratos que, ele e o Luís Vaz andaram a fazer lá pelo Castelo e arredores.
Sem grandes comentários, deixo-vos com as fotos do Humberto e, já agora, com um recado para aqueles que pensam que na serra da Estrela é que se vê esta alvura: aqui para os lados de Trás-os-Montes também há presipitação sob a forma de neve, e podem crer que também se pode fazer turismo de inverno, porventura de melhor quallidade do que aquele a que estão eventualmente habituados. Arrisquem. Venham até cá. Vão ser, certamente, muito bem recebidos.
Deliciem-se, então, com essa paisagem megnífica com que a Natureza nos brindou.
Aqui é o Castelo e a envolvente Sul.
Caminho da Bolideira
Ainda o caminho da Bolideira (NE do Castelo)
Já perto das Devesas, o carvalhal que o Guilhermino plantou há uns anos.
De novo o Castelo, na vertente NE
Finalmente, o Luís Vaz, que foi o guia do Humberto.
Um abraço aos dois pelo magnífico trabalho que fizeram e por terem proporcionado esta forma de os nossos conterrâneos que estão longe (e os que não o sendo se atrevem a perder o seu tempo passando por aqui) relembrarem os invernos que por cá passaram.
Há pessoas que passam por Águas Frias por mero acaso, como acontece, por exemplo, com aqueles que demandam esta zona e são obrigados a utilizar a nacional 103 que, como se sabe, nos serve e deixa transitar os que se deslocam para nordeste ou para noroeste.
Mas também há pessoas que, ainda por mero acaso, penetram na aldeia e, acto contínuo, retomam o caminho que seguiam.
Outras ainda, aportam por aqui quando alguém da terra as convida, em época festiva ou não, mas mais não ficam a conhecer do que o caminho que os levou até ao familiar ou amigo.
Finalmente, há outras pessoas que, ao deslocarem-se à nossa aldeia, não abdicam de fruir a beleza que ela espalha através das cores e dos cheiros que o Outono liberta. Essas, são pessoas que gostam da aldeia, são pessoas que voltam, são pessoas que, de alguma forma, também passam a fazer parte, mesmo que de uma forma volátil, da nossa pequena mas acolhedora comunidade.
Ora, uma destas últimas pessoas é o Humberto Ferreira que, sendo amigo do Luís Vaz e da minha irmã Paula (assim se apresentou no mail que me enviou), terá visitado a nossa terra e, porventura para além de outras coisas, foi até ao monte, à descoberta da "fruta" da época: os saborosos níscaros que, para a generalidade das pessoas, se chamam cogumelos.
Mas, não contente com a apanha dos ditos, fez o favor de tirar uns retratos e melhor ainda, de me os fazer chegar para os publicar aqui no blog. Pois bem, não só vão já ser dadas à estampa as fotos que o Humberto fez, como fica aqui o meu agradecimento por se ter lembrado que esta seria ou poderia constituir-se como uma das formas de mostrar as cores outonais da nossa aldeia.
Na primeira foto, aparece o Fernando, um dos resistentes - a esmagadora maioria dos rapazes do tempo dele não se aguentaram por aqui - segurando a sua primeira "presa", deixando entender que nem toda a gente saberá encontar aquele que constitui um dos melhores níscaros comestíveis. Trata-se de um cogumelo da família dos boletus, que é muito apreciado na nossa culinária, sobretudo como acompanhamento de uma boa vitela dos nossos lameiros.
As seguintes mostram-nos o níscaro no seu habitat. Não é difícil perceber que os seus esporos encontram um bom local para se reproduzirem sob a folhagem dos carvalhos. É, portanto, nas touças que podemos procurar este precioso condimento da nossa alimentação.
E o Humbertou rematou o seu trabalho com a fotografia de uma espécie que ornamenta de forma magnífica as nossas touças mas cuja beleza não deve seduzir-nos demasiadamente, ou seja, tratando-se da amanita muscaria, ou amanita mata-moscas, deve ser rejeitado por se tratar de uma espécie tóxica e, portanto, que pode pôr em perigo a saúde se ingerido.
Já agora, deixem-me aproveitar para dizer que não devemos esgotar, em cada época, as espécies comestíveis, sob pena de estarmos a contribuir para a sua extinção. Também não devemos destruir aqueles que não apanhamos, quer seja por não terem valor gastronómico, quer seja pelo perigo que a sua ingestão pode representar para a saúde. A verdade é que os fungos, como componentes do ecossistema, representam um papel muito importante no equilíbrio da nossa floresta autóctone.
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