As minhas deambulações pela aldeia que me deu ao mundo, sempre que aí me desloco - e são bem menos vezes do que eu gostaria que acontecesse - são quase sempre à procura de recordações da infância. esse foi, de facto, o tempo inteiro que aí vivi, uma vez que, a partirda adolescência, só nas férias pude desfrutar de espaço tão acolhedor.
Ora, num desses domingos (ou sábado?) que por aí andei, acabei por dar comigo a passar a pente fino a Escola onde a minha prima Glória me ensinou as primeiras letras, mister a que deu continuidade a regente Alcina, das Assureiras e, já na quarta classe, a Rosinha, de Casas, que, julgo, estaria, se não a iniciar o seu labor de muitos anos, pelo menos muito próximo disso. E como eu tenho que estar reconhecido a estas grandes senhoras que, afinal, tiveram o trabalho mais árduo, isto é, o de desbravar o intelecto preparando-nos para o futuro. Foram elas que construiram os alicerces da minha vida, disso não tenho qualquer dúvida.
Mas também recordei aqueles que acompanhei e me acompanharam, nesse Outubro de 1956, desde o primeiro dia em que esta Escola nos acolheu dentro das sua paredes. Só não cito essa rapaziada porque não quero correr o risco de omitir o nome de algum companheiro desse tempo. Mas permito-me chamar à colação um deles porque, infelizmente, e de uma forma que nunca fomos capazes de compreender, nos deixou definitivamente, ainda muito jovem. Aqui fica a minha homenagem ao querido Caló que, se o conseguir, será devidamente lembrado quando, um dia, pudermos juntar-nos todos na adeia.
Acabei por me perder e não falar no assunto que aqui me trouxe e que tem a ver com uma parte do edifício onde tantos aquafrigidenses aprenderam a ler e a contar.
Então, vamos ao que interessa: na ditadura, apesar de não se dar a importaância devida à educação - quanto mais analfabeto fosse o povo melhor se governaria - foi criado um plano, o Centenário, para a construção de escolas primárias. Ainda não fiz a investigação que pretendo sobre o assunto mas, a verdade é que a nossa Escola não fez parte desse plano. Ela surge porque um emigrante da terra, que enriqueceu em terras de Vera Cruz, decidiu constituir-se como benemérito e mandou construir o bomito edifício que todos conhecemos. Todavia, como as escolas do tal plano centenário, também a nossa foi dotada de um espaço nas traseiras, coberto e pavimentado, que para além das casas de banho servia de recreio, sobretudo quando chovia. Chamavamos-lhe o "cimento". Talvez fosse o único sítio do género que nessa altura podíamos pisar.
Pois bem, era exactamente aí que nós fazíamos as nossas brincadeiras sempre que o tempo não permitia utilizar o exterior. E, quando aqui passei, nesse dia de um qualquer fim de semana, deparei com aquela zona que um raio de sol teimava em iluminar e, fiz o retrato, porque, então, me vi a jogar o trinca-cevada exactamente nessa zona.
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