Águas Frias foi o nome que lhe chamaram. Águas Frias é o nome que ainda lhe chamam. Águas Frias será, suponho, o nome que lhe hão-de continuar a chamar.
E a confiar nos documentos históricos que, de quando em vez, temos oportunidade de consultar, esse nome de Águas Frias com que este naco de Trás-os- Montes foi batizado, já não tem idade. Ao que nos é dado saber, já por aqui terão passado os romanos e, na sua/nossa língua, já lhe chamariam Aquae Frigidae. Terá sido por contraponto às cálidas Aquae Flaviae, ali tão perto? Ou teria a ver com o facto de as águas que brotam e dão de beber a esse solo onde tanta riqueza se produziu serem, mesmo no pino do verão, tão frescas e tão deliciosas para matar a sede nesse meses de inferno que o nosso poeta tão bem descreveu?
Seja como for, a água com que ainda hoje, aqueles que teimam em viver aí e do que a terra lhes dá se dessedentam ou regam as culturas, continua a ser muito fria e a correr das entranhas da serra do Brunheiro que, aqui, toma a designação de Ladário ou, se quisermos ser mais nós próprios, Ladairo. A serra é exactamente essa que se prolonga desde a zona de Loivos, como que uma ramificação da Padrela, dirigindo-se para leste, até à Bolideira.
E é na encosta dessa serra que, afinal, estancia esta aldeia pequenina, de gente humilde, trabalhadora e generosa, estendendo-se por um termo que abarca a zona onde se situa o belo castelo de Monforte de Rio Livre e se projecta, encosta abaixo, até à recentemente construida barragem de Arcossó ou, cá para nós, das Nogueirinhas.
Já lá vai o tempo em que era abraçada por um jardim imenso de belos soutos de castanheiros. Nos anos sessenta do século passado a castanha não tinha ou não lhe era conferido qualquer valor comercial. Grande parte da produção servia de ração aos recos que se criavam em todas as casas - e que boa era a carne e o fumeiro desse tempo! Não foio difícil, por isso, cair no logro desse intermediários madeireiros - também já havia disso - permitindo o corte de centenas de árvores enormes, bonitas e produtivas que, porventura, vieram a servir de matéria prima a móveis a que os aquafrigidenses não tiveram, certamente, acesso. Resta a esplêndida mata do Barros - ó Chico, ó Jorge, não deixeis delapidar esse património único - um manto de alguns hectares de castanheiros bravos, que continuam, a par das touças de carvalhos, a dar essa imensa tonalidade verde que nos enche e regala na primavera.
Facilmente se prcebe que a aldeia fica relativamente próxima da se de de concelho. De facto, Chaves, a mais bela cidade do mundo - ai não é?, pois eu continuarei a dizer que sim - dista apenas um pouco mais de uma dezena de quilómetros e, para aceder a Águas Frias basta tomar a EN 103 que passa numa das margens da aldeia.
Prometo voltar com outros temas e, porventura, com mais história, sobre Águas Frias.
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