Prometi que voltaria aqui com a Lampaça e, como gosto de cumprir, cá estou para mais uma pequena incursão por esse bairro quase despovoado que, como referi no post que lhe dediquei anteriormente, já teve uma densidade demográfica impensável.
Contígua àquela que outrora foi a casa de Francisco Oliveira (o muito conhecido Feluje) e Clotilde Pires fica uma outra, também em ruinas, que conheci como a casa da minha tia Felisbina (ainda a chamamos assim) e que foi a habitação dos meus bisavós Alexandre e Ofêmea, o primeiro, irmão da Felisbina. Também aí foi criada uma prole imensa e, mais tarde, serviiu de morada a alguns dos meus primos, filhos do meu tio Maximino, cuja casa de habitação era muito próxima desta. Como tantas outras, também foi abandonada ao tempo e, como não poderia deixar de ser, uma boa parte dela não resistiu
Como tantas outras, também foi abandonada ao tempo e, como não poderia deixar de ser, uma boa parte dela não resistiu. Algumas paredes foram colapsando e até os sabugueiros encontraram aqui espaço para se reproduzirem.
Felizmente, continua a haver gente de Águas Frias ou, de alguma forma ligada à aldeia, que mantém essa importantíssima aposta na construção ou reconstrução de casas para férias, para fins de semana, ou mesmo para passar uma boa parte da vida pós reforma. O Abel Costa é um desses heróis. Interessou-se pelo espaço, adquiriu-o e iniciou, imediatamente, a obra. Mas a vida tem vicissitudes com que, muitas vezes, não contamos, e o Abel teve de abdicar do sonho de regressar à aldeia de que tanto gosta. Todavia, perante este impedimento, logo um dos irmãos se interessou em negociar a casa. Vamos, pois, ter mais uma reconstrução e todos ficaremos mais ricos por podermos contar com alguém que ajuda na luta contra o despovoamento e mesmo contra o possível desaparecimento da nossa terra.
Mas, voltando à casa que venho descrevendo, vale a pena constatar que, à entrada do pátio, permanece o antigo forno, que terá sofrido obras de recuperação há uns anos a esta parte pela mão do malogrado Samino.
A casa dos pais da Rosinha do Nel tem frente para o mesmo largo da anterior. Pensar nesta casa faz-me lembrar como há gente que nos obriga a regredir. De facto, temos um governo que tem tomado medidas, umas atrás das outras, sempre a por em causa a nossa região, na tentativa de destruir esta parte do território nacional para que tudo se encaminhe para o litoral, esvaziando-nos de um conjunto de equipamentos que sempre foram considerados fundamentais para quem teima em viver por cá. Uma dessas medidas foi exactamente a que teve a ver com o fecho da maternidade do hospital de Chaves, obrigando asa nossas mulheres a ir parir a Vila Real. E o que acontece? As ambulâncias passaram a ser maternidades ambulantes e os bombeiros parteiras. E tudo isto a propósito da casa da "Tia" Lucinda porquê? Porque foi graças ao auxílio desta grande mulher que eu e tantos outros pudemos nascer, com as condições da época, e sobreviver, uns mais que outros, mas sobreviver. Ela era a parteira que, há sessenta anos, ajudou a minha mãe a parir-me. Hoje, estamos quase de regresso a esse passado.
Deixo ainda uma foto da entrada das traseiras da casa que, mais tarde, foi habitada por Arnaldo Pires e Marília Lopes e que, actualmente, também é pertença do Abel Costa. A porta que se vê ao fundo é a entrada para o lagar do meu tio Maximino.
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