No passado dia 18 do corrente, na Biblioteca Municipal de Chaves, o Grupo Cultural de Chaves concedeu-me a honra de fazer a apresentação de um romance cuja autora, sendo alentejana, tem ligações fortíssimas a Águas Frias e às gentes da nossa aldeia.
Ora, trata-se nem mais nem menos de uma jovem de 19 anos, estudante de Relações Internacionais na Universidade de Évora, cidade onde nasceu, e residente na muito bonita localidade alentejana de Portel, paredes meias com esse verdadeiro lago a que a barragem de Alqueva deu origem.
E que tem ela a ver, então, com esta aldeia que, afinal, é tão distante desse Alentejo que a viu nascer e onde tem a sua residência?
Na verdade há imensos aquifrigidenses que abandonaram a sua aldeia na procura de uma melhor forma de vida. Uns rumaram ao estrangeiro, outros procuraram a grande cidade e, outros ainda, optaram por profissões que os poderiam trazer ou não, a prazo, para perto da sua família. Contudo, a vida nem sempre acontece como a planificamos. Umas vezes tropeçamos em obstáculos que nos obrigam a mudar o rumo previamente estabelecido, outras vezes, encontramos pelo caminho, mais ou menos longo, alguém que nos acena e nos convence a ficar.
Ora, o Eurico Cetra, esse todo, filho do senhor Mário Cetra e da Senhora Anaiza, irmão do João Vasco, o único que não saíu da aldeia, o Eurico, dizia, foi à procura de um modo de vida que a terra não lhe daria. Entrou para a GNR e, como tantos outros jovens procurou fazer o percurso que o trouxesse até ao Norte. Pelo caminho conheceu a Teresa, uma mulher valente de Portel e, em hora boa, enamorou-se, casou e teve uma filha fantástica, a Raquel que, para além de uma belíssima filha e de uma aluna excelente ainda tem tempo para se dedicar a uma causa nobre, qual é,a da escrita.
E se a Teresa e o Eurico deram à luz esta doce menina, ela própria, a Raquel, deu à estampa uma obra fantástica, um romance que, como já disse, tivemos oportunidade de dar a conhecer em Chaves.
Destino Rebelde é uma história gizada à volta de um jovem transmontano que, como tantos outros jovens dessa época, década de sessenta/setenta, achou que, apesar de ser de uma aldeia, no caso, Vila Verde da Raia, e de não ter família que pudesse suportar estudos universitários, haveria de conseguir o objectivo traçado: ser um advogado capaz de lutar por uma causa que o iluminava, a defesa dos oprimidos.
É um romance onde muitos leitores se podem sentir, de alguma forma, retratados, mas é, acima de tudo, a revelação de uma jovem de grande potencial que, com toda a certeza, vai ser uma escritora brilhante de que todos os nossos conterrâneos se hão-de orgulhar.
O livro está à venda nas livrarias. Vale mesmo a pena adquiri-lo e "gastar" uma tarde a saboreá-lo.
Obrigado, Raquel.
Desejo que todos os meus conterrâneos, aos que permanecem na aldeia e aos que por força das circunstâncias labutam por esse mundo fora, um Santo Natal e um Ano de 2016 que lhes traga tudo aquilo por que anseiam.
Em boa hora o Grupo Cultural Aquae Flaviae organizou e implementou um passeio pelas terras do outrora concelho de Monforte de Rio Livre. Isso aconteceu no passado sábado, dia 27 de Junho.
E, como nãopoderia deixar de ser, com partida de Chaves, o grupo de cerca de quarenta pessoas amantes da nossa região e do nosso património, teve a sua primeira paragem exactamente em Águas Frias.
Como a ideia era sobretudo visitar e observar in loco o património religioso do antigo concelho, tendo feito a deslocação em autocarro que não poderia penetrar na povoação, o grupo foi obrigado (diria que ainda bem) a percorrer toda a rua central até à Igreja tendo tido, por isso, ensejo para conhecer melhor a nossa aldeia.
O nosso presidente da Junta de Freguesia, o Rogério Oliveira, estava, evidentemente, à nossa espera para servir de guia e fez o favor de nos franquear as portas da nossa magnífica Igreja que o grupo muito admirou.
Aqui, conversando comigo na bonita e elgante sacristia. (A foto é da autoria do senhor capitão Pizarro Bravo)
De seguida deslocámo-nos até Cimo de Vila com a intenção de podermos ver a inicialmente (no século XVIII) chamada Capela de S. João Batista e que todos conhecemos por Capela de Nossa Senhora dos Prazeres.
Ora, sendo propriedade privada, era necessário encontrar o proprietário para nos abrir as portas do templo. Como o calor apertava,não foi difícil encontrar o Toninho a repousar na varanda. Rapidamente desceu e se colocou à nossa disposição para o efeito.
Enquanto o Toninho ia ia atendendo uns, outros aguardavam (a capela é pequena) a sua vez conversando na rua.
Aqui, o nosso presidente na companhia da senhora Drª Isabel Viçoso, grande dinamizadora do Grupo Cultural e responsável pela promoção deste magnífico passeio.
E, para aqueles que, mesmo sendo da aldeia nunca tiveram oportunidade de entrar na Capela, eis as imagens religiosas que aí se encontram.
Antes de partir tive ocasião de constatar que os nossos ilustres visitantes ficaram imensamente agradados com o que viram, sei que ficaram, também, com vontade de voltar e, sobretudo, irão ser os melhores promotores da nossa aldeia e do seu património.
Numa altura em que a petição que tantos amigos do nosso Castelo subscreveram está na Assembleia da República para eventual discussão e, esperamos merecer a mais que desejada e justa aprovação, nunca é demais falarmos nesse monumento que, ao contrário de tantos outros,não tem merecido a atenção que só quem de direito tem enjeitado.
Ora, uma das formas de chamar a atenção para o Castelo de Monforte de Rio Livre passa por, por exemplo, insistirmos em colocar neste espaço algumas fotos do seu estado actual.
E, quando tenho um amigo que, ao mesmo tempo, é também um dos defensores do nosso património mais importante, e me envia fotos às dezenas, mal fora que eu não as disponibilizasse a todos os que estão connosco nesta luta.
Deixo-vos, então, algumas das fotos que o Humberto Ferreira, mais uma vez, consegui aquando da sua última deslocação a Monforte, exactamente no passado dia 19 deste mês que se vai aproximando do seu termo.
O meu muito obrigado ao Humberto pelo trabalho extraordinário que tem realizado em prol do nosso Castelo e, obviamente, pelas excelentes fotografias com que nos brindou.
Ah!, a nossa aldeia continua sob a protecção desse roqueiro com séculos de história.
Podemos observar três dos bairros que a compõem: empprimeiro plano, meio escondido pelos carvalhos, o Bairro de Cimo de Vila; à esquerda, sob a copa dos lindíssimos castanheiros floridos, o Povo; e ao fundo, junto à Igreja Matriz, o Bairro do Casal.
Como já vem sendo hábito, o meu amigo (e de Águas Frias) Humberto Ferreira teve a gentileza de me brindar com mais um conjunto de belíssimas fotos sobre o nosso Castelo de Monforte de Rio Livre.
Ora, como não gosto de guardar só para mim aquilo que me parece dever ser acessível a todos os amigos da nossa aldeia e, obviamente, do Castelo, com a devida autorização do Berto, aqui vos deixo esse grande testemunho fotográfico do meu amigo de Outeiro Seco.
A LUMBUDUS promove mais um encontro de verão dos seus associados e amigos, desta vez com uma incuesão, sempre apetecível, pelas terras do Alto Minho.
A tristeza que agora demanda estas ruas, ali bem no centro da aldeia, contrasta com a alegria transbordante que por aqui passava na época do Entrudo . Esse tempo que, como se sabe, significava exactamente o início de um outro tempo, desta feita religioso, ou seja, o tempo da Quaresma.
Um tempo que muito antes da nacionalidade já os pagãos usavam para se divertirem. Um tempo que, na Idade Média, servia para os fidalgos darem alguma liberdade aos seus escravos permitindo~lhes que se travestissem de nobres, enquanto estes surgiam com as vestimentas dos seus súbditos.
Aqui, na nossa aldeia, já não voltaremos a ver os "velhinhos" (caretos), vestidos com roupas velhas, uma máscara a tapar o rosto, um carapuço elaborado artesanalmente com o recurso a arame e muito bem enfeitado com fitas (serpentinas). Cruzando o tronco, penduravam as campainhas que, nesse dia, eram retiradas do pescoço dos bois. Nas mãos seguravam vigorosamente uma pele de coelho seca e, quase sempre, uma soga. Surgiam no Conselho, vindos de ruas diferentes, e era ver a rapaziada, quais atletas nos tacos de partida, prontos para uma corrida que, quantas vezes, obrigava a saltar paredes ou a procurar refúgio em varandas onde os "velhinhos" não pudessem chegar. Alguns já levavam debaixo da samarra um bom revestimento de palha onde podim bater sem fazer mossa.
Também já não voltaremos a ver a malta que, inesperadamente, aparecia de saco às costas a atirar formigas para aqueles que se pusessem a jeito. Não voltaremos a ver as matrafonas que nos davam que pensar sobre a sua identificação, tão bons eram os disfarces usados. E também não teremos oportunidade de voltar a ver o carro de bois que a malta empurrava e que ia apregoando a venda do queijo - mesmo com o frio que se fazia sentir havia sempre alguém disponível para se colocar em cima co carro e fazer o percurso com o cú ao léu.
Hoje não fui à aldeia. Creio, contudo, que as ruas estarão nuas e tristes como as encontrei no passado domingo. Esse domingo gordo que me propoprcionou uma agradável surpresa. Quando uns poucos estavam no café do Rique eis que irompe por ali dentro a Dete e, acto contínuo,pousa sobre uma mesa um bolo acabado de sair do forno. - Quem faz anos? - perguntei. E a boa da Dete responde: - Como é Carnaval resolvi fazer um bolo e trazê-lo para, todos, comemorar-mos. E, com a preciosa ajuda da Noémia, que lhe fez chegar a necessária faca, vai de começar a partir o bolo em fatias e, com os guardanapos que também trouxe consigo, foi fazendo a distribuição pelos que aí se encontravam.
Safou-se o Rique, neste caso o Bino, que aproveitou para vender mais umas cervejitas, sem as quais não seria fácil engolir o fofo. E safámo-nos também nós, porque o gesto da Dete veio alegrar um dia que, afinal, não pode ser de tristeza.
Ah! o Bolo estava excelente. Obrigado minha boa amiga.
Petição em defesa, salvaguarda e reabilitação do Castelo de Monforte de Rio Livre em ChavesPara: Presidente da Assembleia da República, Primeiro-Ministro, Secretário de Estado da Cultura, Diretor-Geral do Património Cultural, Presidente do Parlamento Europeu, Comissário Europeu da CulturaExma. Senhora Presidente da Assembleia da República Exmo. Senhor Primeiro-Ministro Exmo. Senhor Secretário de Estado da Cultura Exmo. Senhor Diretor-Geral do Património Cultural Exmo. Senhor Presidente do Parlamento Europeu Exmo. Senhor Comissário Europeu da Cultura O Castelo de Monforte de Rio Livre, associado à esplêndida envolvente paisagística, constitui um importante produto cultural como suporte da economia local, contribuindo para o desenvolvimento da região. Tratando-se de um Monumento Nacional desde 1950, as últimas intervenções datam da década de 1990, estando atualmente em completo abandono. Assim, consideramos necessário a salvaguarda do local, através da recuperação e valorização do seu Património Histórico. Os cidadãos a seguir assinados e identificados, vêm por este meio, requerer a Vossas Excelências a preservação do Castelo como um importante marco da História de um Povo, divulgá-lo e torná-lo apelativo como atração turística, dinamizá-lo através de atividades várias, melhorar as acessibilidades e área envolvente, aproveitar as suas potencialidades para promovê-lo dentro e fora de Portugal. Garantindo a sua recuperação, manutenção e sustentabilidade a longo prazo. Portugal, 29 de Abril de 2014 Os Signatários, ASSINAR EM PETICAOPUBLICA.COM/psign.aspx?pi=PT73383 NOTA: não exagero se afirmar que todos os Aquafrigidenses têm obrigação de assinar esta petição. |
“Monforte de Rio Livre – História, Lugares e Afectos”.
-Maria Aline Ferreira-
(apontamento breve e imediato)
Deixa-me sempre contente qualquer iniciativa, esforço ou conquista em benefício do Território e das Gentes da (MINHA) NORMANDIA TAMEGANA.
Na sexta-feira, 12 de Dezembro, adquiri o livro “Monforte de Rio Livre – História, Lugares e Afectos”.
Havia sido apresentado na véspera, na Biblioteca Municipal de Chaves.
Este livro tem no título um pleonasmo desnecessário, embora enfático …. «Afectos».
Está bem patente nos “trabalhos e canseiras” da autora o carinho e, afinal, toda a afeição, com que escreveu este livro. Os «afectos» estão na moda, e muitos autores de livros deixam-se cair na tentação da rotina pindérica.
Pudera eu, e imprimiria cada página na fronha de alguns pregoeiros-mestres em História ou em Humanidades!
Nem o diabo acredita que «encanulados» em História ou Arquitectura manifestem tanta insensibilidade ou indiferença - até parece que azedume! - perante os vestígios e os monumentos que os antepassados nos legaram!
E o CASTELO de MONFORTE de RIO LIVRE não é assim tão insignificante no seu volume histórico ou na riqueza paisagística que nos oferece para ser abusivamente abandonado e desprezado pelas «entidades competentes».
“Monforte de Rio Livre – História, Lugares e Afectos” é um livro que merece ser lido e visitado pelos Normando-Tameganos e pelos Estudantes.
Pena é que esteja à venda por um preço demasiado alto (quando todos os «híper» e «minis» Mercados se gabam, a toda a hora e momento, nos panfletos, nos Jornais, na Rádio e Televisão dos “PREÇOS BAIXOS”!
Sendo um livro com edição patrocinada por DUAS Câmaras Municipais (Chaves e Valpaços), bem podia estar à venda por um preço mais «popular».
Assim, para além dos exemplares que forem oferecidos, poucos irão cumprir a missão que lhe cabe: divulgar a História; lembrar aos amantes da Natureza um lugar de encanto, de sossego e de inspiração; e dar a conhecer mais uma Normando-Tamegana que quer bem à NOSSA TERRA.
Vi o livro na montra da Papelaria.
Entrei.
Perguntei se tinham livros de autores Transmontanos ou da Região.
As balconistas, perdão, «agentes técnicas da colocação de livros em cima-do-balcão», mais preocupadas em olhar pelas vidraças da porta e da janela para «apreciar» quem sobe e desce a rua, encolheram os ombros.
Perguntámos se conheciam os escritores, José Carlos Barros, Bento da Cruz, Isabel Seixas, Gil dos Santos e João Madureira.
Ao ouvir o nome do último responderam (num tom como quem diz: ora essa!): - «Esse é um professor»!
Citei o título de algumas obras.
Avivou-se-lhes a memória e puseram uns três em cima da mesa.
-Como vêem, os nomes de quem lhes são autores destes livros” - sublinhei.
Continuaram preocupadas a olhar para as vidraças.
Paguei os “18 €uros” do “Monforte de Rio Livre – História, Lugares e Afectos”e «pus-me a mexer, enquanto era tempo»!
Para nós, a ajudazinha da Câmara Municipal de Chaves na edição deste livro não passa de uma cretina imposturice, disfarçada no apreço pessoal pela autora, e a tentar engrampar, uma vez mais, OS de Monforte de Rio Livre (e não só!), fazendo há-de conta que até dá importância ao CASTELO, embora consinta na sua ruína e nem sequer um caminho transitável e decente mande arranjar para lhe aceder.
O «despotismo da câmara municipal» contra o povo, registado em 1788, conforme relatado na página 195, perdura. Naquele tempo, os responsáveis que não «procedessem ao concerto (conserto) das estradas públicas» eram «condenados a pagar ….».
M., 16 de Dezembro de 2014
Luís Henrique Fernandes
(O Caval(h)eiro de Monforte)
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