Há pessoas que passam por Águas Frias por mero acaso, como acontece, por exemplo, com aqueles que demandam esta zona e são obrigados a utilizar a nacional 103 que, como se sabe, nos serve e deixa transitar os que se deslocam para nordeste ou para noroeste.
Mas também há pessoas que, ainda por mero acaso, penetram na aldeia e, acto contínuo, retomam o caminho que seguiam.
Outras ainda, aportam por aqui quando alguém da terra as convida, em época festiva ou não, mas mais não ficam a conhecer do que o caminho que os levou até ao familiar ou amigo.
Finalmente, há outras pessoas que, ao deslocarem-se à nossa aldeia, não abdicam de fruir a beleza que ela espalha através das cores e dos cheiros que o Outono liberta. Essas, são pessoas que gostam da aldeia, são pessoas que voltam, são pessoas que, de alguma forma, também passam a fazer parte, mesmo que de uma forma volátil, da nossa pequena mas acolhedora comunidade.
Ora, uma destas últimas pessoas é o Humberto Ferreira que, sendo amigo do Luís Vaz e da minha irmã Paula (assim se apresentou no mail que me enviou), terá visitado a nossa terra e, porventura para além de outras coisas, foi até ao monte, à descoberta da "fruta" da época: os saborosos níscaros que, para a generalidade das pessoas, se chamam cogumelos.
Mas, não contente com a apanha dos ditos, fez o favor de tirar uns retratos e melhor ainda, de me os fazer chegar para os publicar aqui no blog. Pois bem, não só vão já ser dadas à estampa as fotos que o Humberto fez, como fica aqui o meu agradecimento por se ter lembrado que esta seria ou poderia constituir-se como uma das formas de mostrar as cores outonais da nossa aldeia.
Na primeira foto, aparece o Fernando, um dos resistentes - a esmagadora maioria dos rapazes do tempo dele não se aguentaram por aqui - segurando a sua primeira "presa", deixando entender que nem toda a gente saberá encontar aquele que constitui um dos melhores níscaros comestíveis. Trata-se de um cogumelo da família dos boletus, que é muito apreciado na nossa culinária, sobretudo como acompanhamento de uma boa vitela dos nossos lameiros.
As seguintes mostram-nos o níscaro no seu habitat. Não é difícil perceber que os seus esporos encontram um bom local para se reproduzirem sob a folhagem dos carvalhos. É, portanto, nas touças que podemos procurar este precioso condimento da nossa alimentação.
E o Humbertou rematou o seu trabalho com a fotografia de uma espécie que ornamenta de forma magnífica as nossas touças mas cuja beleza não deve seduzir-nos demasiadamente, ou seja, tratando-se da amanita muscaria, ou amanita mata-moscas, deve ser rejeitado por se tratar de uma espécie tóxica e, portanto, que pode pôr em perigo a saúde se ingerido.
Já agora, deixem-me aproveitar para dizer que não devemos esgotar, em cada época, as espécies comestíveis, sob pena de estarmos a contribuir para a sua extinção. Também não devemos destruir aqueles que não apanhamos, quer seja por não terem valor gastronómico, quer seja pelo perigo que a sua ingestão pode representar para a saúde. A verdade é que os fungos, como componentes do ecossistema, representam um papel muito importante no equilíbrio da nossa floresta autóctone.
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