Ora aqui está um espaço que, como tantos outros, nem sempre foi assim. De facto, este largo que há vários anos configura o parque de estacionamento para quem pretende dirigir-se ao centro da aldeia, não era exactamente como a figura o deixa ver e nem sequer, há vários anos a esta parte, alguém se lembraria de que assim pudesse vir a ser.
Pois a verdade é que, não sei exactamente em que semana, mês ou dia, mas, creio que sem me falhar a memória, fará este verão cinquenta anos que uma terraplanadora aqui entrou e, como se de magia se tratasse, transformou o espaço onde durante muitos anos foram enterrados os nossos mortos num largo de terra batida que, depois do 25 de Abril, a autarquia flaviense acabou por cimentar, dando-lhe o aspecto que ainda hoje mantém.
Já se vê, então, por que é que lhe chamamos Largo do Cemitério Velho.
É claro que quando se deu este evento, no verão de 1957, já aqui não se enterrava ninguém há vários anos. O actual cemitério, no Rossio, já vinha sendo utilizado há muito tempo. Acresce que, antes mesmo do cemitério velho, os enterros foram feitos, como noutras localidades, na Igreja, facto que, aliás, se pôde comprovar nas obras que o padre Adalberto Paiva mandou fazer no templo, creio que ainda nessa década de cinquenta do século passado.
Corria então esse verão de 1957 quando a aldeia acordou um dia em alvoroço.
Maquinaria nunca vista acabava de invadir a estrada que passava na aldeia. E gente, muita gente, a que se juntaram alguns rapazes da terra, que isso de poder ganhar uns tostões não era de desperdiçar. O que aconteceu, então?
Pois, nada mais do que o progresso que, finalmente, começava, ainda que mujito lentamente, a bater-nos à porta. Com efeito, a estrada macadamizada onde se faziam as festas (junto ao Cheris), onde andávamos de bicicleta (à vez, porque nem todos a tinham!), onde a carreira parava para levar e trazer quem viajava e, todos os dias o saco do correio (que saudades da Tia Leonor, a Cega, que levava as cartas a toda a gente), pela mão de uma mole imensa de operários que torravam com o sol e com o auxílio dessa máquinas que vomitavam pez, essa estrada anteriormente macadamizada, passou a ter alcatrão, foi, finalmente, asfaltada.
Os carros passaram a circular com mais segurança e, naturalmente, com maior velocidade. Digamos que a viagem a Chaves ficou, a partir daí, ligeiramente mais curta,
Ah! mas aqueles que a faziam a pé (palmilhei esses doze quilómetros muitas vezes) também terão beneficiado por gastarem menos o calçado.
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